Chegou novembro, mês de instabilidade tanto política quanto futebolística. Num mês que deixou o governo a meio gás, a equipa queixa-se do governo de gestão, ou neste caso da gestão da Adesl, no que toca à marcação de treinos. E se um governo de transição fica com poderes reduzidos, uma cidade universitária de transição deixa uma equipa com treinos reduzidos. Se o problema é a falta de 2 campos sintéticos, a solução passa por meter uma cunha ao Marcelo… Este já provou ser forte em medicamentos sintéticos…. E talvez não fossem precisos 4 milhões para a manutenção de campos iguais, ou neste caso, campos gémeos.
Se para alguns o 3-0 para 3-3 do Benfica na Champions foi a maior desilusão, para os rapazes de azul e branco o mês abriu com um 1-1 inesperado. Frente a frente engenheiros de Lisboa e engenheiros da margem sul, Técnico contra a FCT separados pelo Tejo. Se em termos de engenharia não há dúvidas sobre quem lidera o ranking, em termos de futebol o empate foi o resultado alcançado. Num jogo muito disputado fica a reação com alma a uma desvantagem do Instituto a abrir o jogo. Maior que a barraca na AG do Porto, só a barraca na baliza do Morais. O estreante guarda-redes mostrou ter o mesmo poder de segurança que o PSG do condomínio do Vilas Boas…. Nenhuma. Num mês em que até o Tengstedt fez um golo, Jardim marcou o tento que fixou o resultado final em 1-1. Se o mês ficou marcado pela decisão do Marcelo, a equipa ficou marcado pelo poder de decisão do Jardim.
Segundo jogo do mês disputado entre o Instituto e a Católica. Por respeito a uma universidade religiosa, o Instituto transformou num “Aí Jesus” um jogo teoricamente mais fácil. Se o gabinete do primeiro-ministro não tem respostas para o dinheiro encontrado em São Bento, o Instituto não tem respostas para a ineficácia á frente da baliza. Mais uma vez, o Instituto vê-se a perder na primeira oportunidade concedida, tendo de correr atrás do prejuízo. Apesar do resultado apertado, o jogo fica marcado por uma maré de golos desperdiçados. Se as pessoas tendem a aderir ao “No Shave November”, o Philip tentou ao máximo aderir ao “No Goal November”. Apesar da meteorologia se equiparar à chuva de golos desperdiçados, o Instituto arrecada os 3 pontos com inteira justiça. Primeiro por Reis e depois por Philip, o Instituto vence por 2-1 um jogo que acaba reduzido a 9. Num mês marcado por um clássico com golos tardios, os engenheiros protestam pelas expulsões precoces de Reis e Mendes. Se o Costa foi mencionado pelas relações com o seu melhor amigo, o que dizer da dupla expulsão dos já conhecidos “gémeos da equipa” …. Saltaram barco fora com mais pinta que o Galamba! Esperar que a falta desta dupla nos jogos futuros não se sinta tanto quanto a falta da dupla Lítio/Data Center na economia futura.
Sendo Sócrates fã de Pedro Abrunhosa, resta-me contemplar os que fizeram “O que ainda não foi feito”, pelo menos para o ex-primeiro-ministro: acabar o mestrado em engenharia. Francisco Teves, Pedro Ventura e Pablo Hernandez tornam-se nos mais recentes engenheiros desta família! E se alguns comentadores reclamaram que a queda do Costa foi precipitada, nenhum júri protestou que estas teses fossem escritas em cima do joelho.
O mês de novembro aparentou ser rápido, mas vem aí um dezembro daqueles!! De uma viagem de equipa a Barcelona, a um clássico IST vs Nova, o mês de dezembro tem tudo para ser memorável…. Esperemos que pelos bons motivos.
Um abraço à família Les Bleus,
Pedro Ventura