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Més que un club

Passou a voar, mas lá se foi mais um ano de futebol espetáculo! Depois do desaire de 2022 que ditou a ausência do nacional de Leiria, o ano de 2023 serviu não só para reconstruir a equipa e o espírito do Instituto, mas para consolidar a união TFC – Universitário. Mas antes de qualquer balanço, vamos falar do derradeiro mês de 2023.

Num mês festivo ligado aos laços familiares, a família Les Bleus decide viajar até à Sagrada Família para visitar o pé esquerdo mais criativo das terras de La Masia – não, não falo de Lionel, mas sim de Diogo Vilela. Em dia da restauração da independência, 13 marmanjos partiram de Lisboa para 4 dias no mínimo épicos. O já habitual espírito de companheirismo fortaleceu-se, esbanjando charme, simpatia e humor de alto gabarito pela cidade de Gaudí.

Numa viagem tão caricata quanto a caricatura, houve tempo para de tudo um pouco. Desde todas as histórias inerentes a 14 pessoas num apartamento, a ser seguido no aeroporto por uma influencer ex-namorada de um piloto de F1, a encontrar o Félix na discoteca depois do Barça – Atleti, a cabeçadas mal calculadas que conduziram a visitas inesperadas a um hospital em horário não generalista, a integrantes que desapareceram com marroquinos de calções e chinelos numa saída à noite, ao Éder que roubou a luva branca à Susana Torres da zona, à “Boys Math” que encheu o SplitWise, aos jogos de Exposed que ameaçaram a integridade do Sports Bar, a roubos de casacos e perdas de dignidade, a passinhos de dança (ou falta deles) de alguns, entre muitas outras coisas. De modo a ficar registado, deixo aqui sem qualquer tipo de explicação e sem nomes incriminatórios algumas das frases mais icónicas ouvidas durante estes dias: “Porquê sempre êêê”, “I fucked my finger all”, “O _____ tem de pedir autorização à namorada para carregar o telemóvel”, “Ela tem um aparelho parece um eletrocardiograma”, “Ela não fala inglêêês”, “10 pau por cabeça no SplitWise fica 5 a cada”, “Não bebo água desde quinta”, “A namorada do _____ é feia”. As legendas ficam para balneário!

Mas falemos de bola! Mês de jogo grande, mas não tão grande quanto a discórdia sobre o relatório da comissão independente sobre o aeroporto. Mês de jogo polémico, mas não tão polémico quanto o manguito do Picanha aos adeptos do SLB. Mês de jogo direto, mas não tão direto quantas as garrafas que mandaram ao Schimdt. Mês de jogo duro, mas não tão duro quanto o bullying do Gyokeres ao Pepe… Nem tão duro quanto o soco do Pepe ao Matheus.

A maior rivalidade do desporto universitário de Lisboa foi a campo pondo frente a frente Instituto e Nova de Carcavelos. Num contra-ataque mortífero Philip deu a vantagem ao Instituto, sendo esta desfeita com 2 golos ao cair do pano. Já sem o capitão em campo, o Instituto deixa-se perder já nos descontos neste clássico do mundo universitário.

Num mês de receber prendas, talvez não tantas quantas o Rafa deu à defesa do Farense, toda a comunidade foi presenteada com mais uma mítica gala TFC. Numa noite de festa, gargalhadas e companheirismo, os mais recentes membros da equipa deram de caras com a grandiosidade do clube e do seu elevado número de associados, aproximando-os cada vez mais à realidade TFC. Numa cerimónia em que Diogo Vilela (x2) e Tomás Martins foram os premiados da equipa universitária, fica mais uma edição de um dos eventos mais bonitos deste clube.

E assim passou mais um ano, ano de reconstrução do plantel e do espírito, mas um ano agridoce pelas 2 finais perdidas. Um ano em grande, quase perfeito! Ano que ficará para a história por mais uma final nacional a adicionar a 2003 e 2021. Como diria o capitão “Foi um anão”. Agora vem 2024, mais uma oportunidade de mudar a história! Bom ano a todos!

Um abraço à família Les Bleus,

Pedro Ventura