E chegou o mês dos 29 dias, o mês mais curto do ano, mas o que contou com mais vitórias dos comandados de José Ferreira. Um mês de fevereiro marcado pelos 3 jogos derradeiros à fase regular do Campeonato Universitário de Lisboa. Um mês de retoma, de subir os índices de confiança e os níveis exibicionais. Um mês de sucessos que culminou com a concretização do objetivo mínimo exigível: a passagem à final-4 lisboeta.
Depois de um início de época algo atribulado, com exibições não condizentes com a qualidade reconhecida, chegou o tão desejado mês de viragem! Se os franceses transformam o glamour do dia a dia pela desordem em alturas de protestos, o IST também deixou a camisa de lado para vestir o fato de macaco – foi altura de deixar a boina de lado e colocar a foice na mão. E se fevereiro foi polémico pela assinatura do protocolo de construção do novo hospital de Lisboa sem precauções antissísmicas, o Instituto não abanou!
Se a casa dos Madureira estava algo despida dos seus intervenientes, o primeiro jogo deste mês não foi diferente. E se o Ventura falhou o debate nas rádios, o Instituto não falha nada. Numa combinação entre lesões e férias entre semestres, um plantel reduzido não se absteve de aplicar uns expressivos 13-0 ao IGOT. Contra a faculdade de Geografia, o Técnico não precisou de nenhuma bussola para saber o seu Norte. Um jogo sério da nossa equipa que resultou em 13 tentos sem respostas: Teves 4x, Reis 2x, Neves 2x, Jardim 2x, Amorim 1x, Mendes 1x e Vilela 1x fizeram os golos que quase orgulhavam o jovem Ricardo Araújo Pereira e os seus famosos “Quinzazero”.
Depois de um jogo folgado, seguia-se um jogo de elevado nível de exigência – frente a frente 2º e 3º classificados até ao momento. No, claramente, melhor jogo do Instituto na presente temporada, 2 tentos de 2 defesas centrais fixaram o resultado final em 2-0. Primeiro pelo capitão Duarte Honrado e depois pelo goleador Guilherme Jardim, o Instituto não deu hipóteses aos rapazes de Motricidade Humana. Ao contrário da campanha eleitoral, o jogo não foi marcado pela desordem e disparidade de ideias, uma vez que o Instituto deu pouca margem de manobra à FMH, controlando o jogo com a posse do esférico e sem conceder qualquer oportunidade clara ao adversário – tal como os agricultores bloquearam as autoestradas, o IST bloqueou todos os caminhos para a sua baliza. A sólida exibição da equipa levou a que Morais tivesse tanto trabalho quanto a utilidade do debate dos partidos sem assento parlamentar – nenhuma. E se alguns partidos vivem no passado com a sua “Ponte Salazar”, neste jogo voltámos aos velhos dias de ineficácia de épocas passadas.
Para acabar o mês, e já com a passagem à final-4 garantida, o Instituto fechou a fase regular com uma vitória por 9-2 contra a Autónoma. Depois de uma entrada a dormir que resultou num golo sofrido na primeira jogada do jogo, o Instituto reagiu com 4 golos de Philip, 2 de Teves, 1 de Jardim, 1 de Trindade e 1 de China. Se o André Ventura confundiu tiros com rateres, quem não confundiria o Philip com o Gyokeres? E se todos achavam que o momento alto do mês madeirense tinha sido o Miguel Albuquerque a discutir com jornalistas, o que dizer de um golo de pé direito (sim, direito) do nosso Chinoca? Já o mister Zé também se inspirou no líder social democrata madeirense – disse que o Arede saía e não voltava mais, mas roeu a corda e está de volta ao ativo!
Antes de avançar para as conclusões do mês, aceder a um pedido especial do nosso central goleador para meter o dedo no meu trabalho. Como prometido, aqui segue: “É impossível falar de fevereiro sem falar da tentativa de Pedro Ventura de ter um bigode. Tal como Rui Rocha, tentou convencer todos que tudo o que faltava era um pouco de crescimento. Ora aquilo lá cresceu, e o nosso Pedro ficou a parecer o líder não da IL, mas da Gestapo. Assim fica difícil argumentar que merecemos ir ao Nacional.” Guilherme Jardim.
Com a conclusão da fase regular, o primeiro objetivo da época foi conquistado com a passagem à final-4. Num percurso inicialmente instável, fica a boa reação aos desaires iniciais e a certeza de que o nível se foi elevando, culminando com a certeza de que chegamos à final-4 na máxima força.
Numas meias-finais que definirão os 2 representantes de Lisboa nos nacionais de Aveiro, irão ser postos frente a frente Técnico – FCT e Nova – ISEG. E é já no próximo dia 14 março o jogo mais importante da época, o jogo que resume o principal objetivo da época, o jogo que poderá garantir a melhor semana do ano. Como um dos capitães e em representação de todo o plantel, deixo o convite a que todos compareçam no campo 4 para apoiar a nossa equipa. No ano passado houve enchentes nos 2 jogos da final-4 e foi bonito de se ver. Toda a comunidade TFC a festejar junta: jogadores, treinadores, veteranos, sócios, dirigentes, famílias, amigos e namoradas. Todos juntos, como deve sempre ser!
Um abraço à família Les Bleus,
Pedro Ventura