TFC 3-3 Casal de Figueiras
Drama no deserto do Saado!
O regresso da festa da Taça não poderia ter decorrido de melhor forma. Um empate a três com decisão nas grandes penalidades marcaram o domingo gordo no Viso!
Um pelado em óptimas condições era o que nos esperava, e como tal, César apostava em novidades cirúrgicas no 11 titular. André “Ourives” regressaria ao eixo defensivo e Máriozinho lideraria a equipa e o ataque, em detrimento do nosso antigo melhor marcador – Guiomar.
O Técnico não tardou na adaptação ao terreno de jogo, e cedo se impôs na partida. O golo inaugural resultaria de um bom entendimento entre Pinto e Simão, com este último a ganhar a linha de cabeceira e a cruzar rasteiro, encontrando Viegão das assistências, mergulhado na manobra ofensiva após vertiginoso sprint, que assiste primorosamente Miguel Pinto, que finaliza no ângulo superior direito!
Que momento! Gáudio dos 3 adeptos também afectos ao comentariado. Loucura na régie.
No entanto, pouco depois, dois minutos para ser preciso, um erro de julgamento da nossa linha defensiva, abriria a porta ao golo do empate. Os locais regozijavam-se. E não eram poucos. E não paravam de chegar. Bastantes!
As equipas encaixar-se-iam e já não permitiam tantos desequilíbrios. Mérito para os técnicos de ambas as equipas a trabalharem bem as peças neste xadrez, em versão todo-o-terreno. Foi sem surpresas que se chegou ao intervalo com a igualdade no marcador.
Campa
Reis André Paixão Viegas
Anjo Barros Silva
Pinto Simão Mário(C)
A situação pedia tracção 4×4 e a entrada de Zédú (a render Máriozinho), habituado às “picadas do Pico” alteraria o rumo dos acontecimentos logo no reatar do segundo tempo. Com uma veloz arrancada pela esquerda, chegaria à cabeceira e cortando para a direita, sem pisca, a conseguir sacar um penalty claro para Barros posteriormente carimbar nova vantagem no placard.
O Técnico estava agora mais forte e mais coeso, conseguindo controlar o jogo do adversário, muito assente no chutão a favor do sol, coerente com o estilo da primeira parte, assente no chutão contra o sol. Foi neste período que, fruto de novo belo lance entre Pinto e Simão, surgiria o 3-1. Desta vez é Pinto a servir Simão para este finalizar a dois tempos.
Haveria ainda tempo para um golo mal anulado com uma cortada açucarada da meia direita para a esquerda por parte de Silva, a servir Simão, que empurra para o fundo das redes. O fiscal assinalaria, e mal, o adiantamento do nosso Bombardeiro na altura da entrega. Desespero de Silva que se ajoelha, num pranto, pois sabia que outra igual seria difícil.
A eliminatória dos quartos de final da Taça parecia bem encaminhada para os nossos lados, mas a verdade é que daqui em diante só daria Casal de Figueiras!
Através do excelente aproveitamento dos momentos de bola parada, cantos, livres e especialmente dos lançamentos laterais longos, a equipa da casa asfixiava o TFC não permitindo sequer que estes tivessem breves momentos de posse.
O 2-3 apareceria ao cair do pano na sequência de um livre lateral, venenoso, que caprichosamente bate mesmo à frente de Campa e acaba por entrar. Desatenção no Viso. E já vimos disto antes…
Já nos descontos, no seguimento de uma confusão na área do Técnico e, quiçá, motivado pela exasperante pressão feita do lado de fora do perímetro de jogo, é marcado castigo máximo a favorecer os locais.
Drama.
Com o peso dos adeptos nos ombros, o marcador não claudica e empurra para os penaltys, o que parecia estar já com um laço feito.
Mas, e como já é tradição no Instituto, ganha quem marca primeiro!
O Técnico venceu o sorteio, bateu primeiro e a igualdade manteve-se até ao terceiro penalty. Honrado marcou, mas os da casa falharam. E logo pelo melhor jogador.
“Acontece aos melhores”, como dizia o outro.
Seguiu-se Zédú que não vacilou e colocou em 4-2. Eles ainda reduziram, mas coube a Paixão carimbar a passagem do TFC às meias finais da Festa da Taça!
Venham as meias.
#sempretecnico