Vila Cova 0-1 TFC
“Do inferno da Cova ao céu da Final!”
Foi precisamente no regresso do embate em Valongo, frente aos nossos mais recente amigos do FC Vilar, que descobriríamos o local para mais uma deslocação neste Inatel de “lés a lés”. Seria Vila Cova.
Uma meia final com contornos de clássico, colocaria frente a frente o Campeão Regional do Porto e o Campeão Regional de Lisboa. Juventude Académica de Vila Cova e Técnico Futebol Clube, respectivamente.
Seguiu-se a habitual semana de treinos, e consequente preparação específica para visitar um campo pelado. Não era a primeira vez, mas esta arena do Vila Cova apresentava um desafio adicional. As linhas laterais estavam praticamente coladas à face lateral da grande área. Esperavam-se dificuldades.
Muitas!
E soaria o alerta quando César anunciava a ausência de Barros para este “classico”. O atleta com mais minutos esta época, e como tal, um dos jogadores mais influentes no plantel do Instituto.
Telmo assumia assim o lugar no miolo, e Coelho entrava para a lateral esquerda. Lá atrás, o indisponível André (por motivos profissionais) oferecia a Paixão a possibilidade de recuperar a titularidade ao lado de Honrado.
De resto, tudo igual a Valongo.
Tudo pronto, bola ao centro!
Cedo se percebeu que iria ser um jogo de concentração máxima em cada duelo, onde o mínimo erro poderia proporcionar uma oportunidade vinda do nada. Cenário em que o TFC já jogou por outras ocasiões e que certamente contribuiu para a estabilidade emocional dos nosso rapazes.
Logo aos 2’, lance rápido dos da casa a procurar as costas de Honrado e Zedu. O extremo esquerdo do Vila Cova vence o primeiro duelo e a bola sobra para as imediações da pequena área, onde Campa, com valentia, se entrega ao contacto sofrendo a falta. Árbitro bem, atento, a assinalar a mesma. Independentemente de na recarga o Vila Cova ter introduzido a bola na nossa baliza para festa dos locais, ainda que por poucos segundos, ficava o aviso, mas também a bravura de Campa com uma subliminar mensagem clara, de entrega, para o colectivo.
O Técnico tentava desenvolver o seu jogo, de pé para pé, mas a verdade é que tal façanha se afigurava de elevada dificuldade devido à notória ausência de espaço.
Aos oito minutos começam a surgir os lançamento laterais para os da casa. TFC bem, na primeira e segunda bolas, mas numa terceira, surge uma finalização de moinho ao lado. Momento esclarecido do atacante local, a errar por uma distância inferior à que separava a área da linha lateral…
Rasante, portanto!
Pouco tempo depois, aos 15’, novo lançamento lateral com desvio ao primeiro pau e conclusão arrojada em novo lance acrobático. A passar ligeiramente por cima.
Após um início intenso da equipa da casa em que foi realmente posta à prova a perseverança defensiva dos visitantes, seria finalmente o TFC a responder.
Bom lance coletivo do TFC com Coelho a lançar Anjo para o primeiro remate enquadrado e boa defesa do Keeper da casa.
Aos 19’ na sequência de um canto cobrado ao primeiro poste por Anjo, é Guiomar a desviar subtilmente fazendo a bola beijar o poste contrário.
De seguida seriam as torres gémeas a combinarem, culminando num golo anulado a Simão, depois de uma óptima assistência de Guiomar. Muito duvidoso.
À passagem dos 26’ assistiríamos ao momento do jogo. Na sequência de novo canto de Anjo, Honrado Airlines aplica uma fantástica simulação de corpo e após circumnavegar o seu marcador directo, num verdadeiro momento “já fosteis”, finaliza com golpe de cabeça, de forma competente, ao segundo pau.
Naturalmente, após o golo, o domínio do TFC abrandaria, todavia não permitindo que os locais voltassem a revelar ascendente na partida similar ao inicial.
Mas aos 38’, numa abordagem deficitária da nossa dupla de centrais, (viriam mais tarde a compensar condignamente no Plano B) com Paixão primeiro a hesitar e depois Honrado a assistir o ponta, para um chapéu de abas largas que pingaria na malha superior de Campa.
Um arrepio na espinha do Instituto.
Mesmo antes do intervalo, é mostrado o segundo amarelo a um centro-campista do Vila Cova que deixaria a equipa visitada reduzida a dez unidades.
A segunda parte arranca com dois momentos de frisson, numa tentativa por parte dos locais em reentrar na discussão do jogo.
A pressão aumentava a olhos vistos, e aos 3 minutos surgiria a melhor chance do jogo para o Vila Cova. Um centro-remate vindo do flanco direito, que merecia melhor conclusão por parte do ponta alvinegro. A 2 metros da baliza, sozinho, desmarcado, e sem ninguém, remata com estrondo à barra. Desilusão para as hostes do Inferno Negro.
Na esteira, a bola sobraria para a linha lateral onde Zedu seria carregado em falta enquanto promovia novo alívio para o plateau emprestado à affición visitante. Saíria assim um novo segundo amarelo que resultaria em nova expulsão para os Vila Covenses.
Infelizmente, daí resultaria um momento fulcral para a partida. Uma agressão gratuita ao árbitro principal ditaria a sua interrupção, tendo mesmo posteriormente sido encerrada, com a devida atribuição de vitória à equipa visitante que se encontraria agora em superioridade quer no marcador, por 1, quer em unidades em campo, por 2.
O Técnico conseguiria assim, ainda que de forma menos ortodoxa do que a que desejava e que para a qual se preparou, garantir a presença na tão desejada final do Nacional do Inatel, que terá lugar na 1ª de Maio Arena, já no próximo dia 11 pelas 18:00.
Contamos com a tua presença. Só há um Técnico! IT’S COMING HOME!