TFC 0-0 BSJ
“Duelo de titãs”
A festa da taça não poderia ter escolhido um melhor dia. Dia esse que nos possibilitou uma fantástica noite, amena, ideal para a prática desportiva.
César, na ausência de Anjo, optaria por fazer regressar Guiomar diretamente ao onze titular. Fazendo assim com que Pinto ocupasse uma posição no tridente do meio do parque, com Silva e Barros atrás.
Rola a bola!
E desde cedo se percebeu que o Técnico não estaria preparado para lidar com o losango do miolo do Bairro de São João.
Prova disso, logo aos dois minutos de jogo, grande chance desperdiçada pelo avançado #9. Bom desenvolvimento pela direita com a bola a entrar na marca do penálti. Valeu o desacerto na finalização.
Aos 10 minutos, nova manifestação de passividade das linhas do TFC, e bola no poste direito de Campa. Remate à entrada da área e Campa a desviar com o olhar.
#verytypical
O Técnico não conseguia contornar a pressão extremamente bem aplicada pelo 4-4-2 losango do opositor.
E seria exatamente a meio da primeira parte que as ameaças do Bairro de São João seriam concretizadas, naquela que talvez tenha sido a melhor jogada colectiva do encontro.
Recuperação na junção da linha lateral esquerda com a do meio campo, com direito a floreado na rotação, fazendo chegar a bola ao médio centro que, de frente para o jogo, solta na profundidade, isolando o seu número 11 entre Hans e Honrado. Este ganha em velocidade as costas a ambos, e à saída de Campa solta no seu Capitão, #17, para fazer o único golo da partida.
Vantagem merececida. Há que dizê-lo com toda a frontalidade, como diria o saudoso Carlos Pinto Coelho.
O Técnico continuava sem ideias sobre qual a melhor forma para bater a pressão “São Joanina”, demonstrando de forma clara imensas dificuldades em fazer chegar a bola a zonas de conclusão.
Esperava-se uma reação, e foi precisamente o que aconteceu!
César fez marcha atrás, e colocou Pedro e Nunes nos lugares de Silva e Guiomar. Zédu subiu um degrau na direita e Hans assumiu o controlo do miolo. Honrado faria agora parelha com Pedro e Nunes fechava a direita. Coelho teria agora mais liberdade para subir, sendo que os outros três da linha defensiva fechavam melhor a dupla ofensiva do Bairro.
A partir dos 50 minutos só daria TFC!
Já sabemos que há cantos que parecem penaltis. Mas não é só, também há livres!
E Barros colocaria três em linha para o empate.
Primeiro a servir Hans e bola no poste.
No segundo a forçar uma bela intervenção do Keeper do BSJ que salva à última o desvio fatal de Honrado.
E o terceiro com Pedro, em posição bastante promissora, a cabecear ligeiramente por cima.
Tudo em apenas 8 minutos.
A pressão aumentava!
A cerca de quinze minutos do final, um dos momentos mais satisfatórios da época. O regresso de Rodri! Após uma ausência de quase ano e meio, eis que voltamos a ter a hipótese de o ver no local que merece. Lá dentro, “en la cancha”! Júbilo total. Bem vindo de volta.
A dez minutos do tempo regulamentar, o Técnico consegue finalmente criar um lance de perigo de bola corrida. Sucesso na atração da pressão colectiva do BSJ a encontrar Nunes solto na direita. o cruzamento sai perfeito no encontro de Hans que, de raquete, faz a bola sair a rasar o poste.
Neste período final, o Técnico já tinha que lutar contra as constantes paragens na partida proporcionadas pela experiência adversária.
Mesmo assim, o árbitro, bem, atribuiria dez minutos de compensação, e seria nos derradeiros 60 segundos da mesma que o Técnico conseguiria, através de um canto, chegar ao golo. Uma sociedade sobejamente conhecida, com Barros a bater o canto e Honrado a converter de cabeça ao segundo pau.
Infelizmente, para as cores do TFC, o golo seria anulado por uma suposta falta de Pedro no guarda redes do Bairro.
É o que temos.
Há dias assim.
Uma desilusão.