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Crónica — Jornada 8 do Inatel

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União 1–2 TFC

A deslocação ao União dos Santos encerrava várias dificuldades. Desde logo a ausência do nosso treinador principal, Gil, e também de dois dos até então cinco atletas totalistas, Telmo e Botas.

A comissão técnica era liderada pelo Guilherme, com o apoio do Tiago Rogério “Spry” Dias. Como era esperado, as alterações promovidas eram várias.

Nuno reentrava no onze titular, constituindo parelha com Honrado no eixo central defensivo, “empurrando” Hans para lateral direito. No flanco contrário aparecia Maximiranda, a apoiar

uma estreia a titular! Alex! O nosso jogador mais “sénior” alinhava a extremo esquerdo.

O trio de meio campo mantinha-se intocável, e Guiomar, tal como na Roussada, assumia a posição de avançado centro. À sua direita, o nosso Capitão, Mário!

A entrada no jogo não existiu e as perdas de bola sucediam-se. Só Barros e Honrado conseguiam esconder a forma precipitada como os restantes se apresentavam.

Os primeiros minutos foram de domínio adversário, e até aos 15’ eram eles quem detinham as únicas oportunidades para marcar.

Maxi sentia dificuldades com o extremo direito, e após uma disputa cerrada, a bola chega ao miolo, onde através de um bom desenvolvimento na cabeça da área surgiria o primeiro remate no alvo, rasteiro para boa defesa de Campa. Minutos volvidos, canto na direita e cabeçada muito perigosa para mais uma defesa atenta de Campa.

Aos 21’ Campa erra um passe na saída, mas depois resolve com mais uma grande defesa! Era a quarta oportunidade consecutiva para o União.

No seguimento o Técnico conquista o primeiro canto da partida. Barros bate bem, tenso, no primeiro pau, onde Alex penteia brilhantemente para a zona de Hans mas este não consegue o desvio decisivo.

Depois de um duelo perdido por Maxi, mais uma boa chegada do União pela direita com nova finalização em zona promissora, mas por cima.

Aos 27’ Barros com um gesto técnico muito interessante, pica a bola sobre o seu opositor no meio campo, e serve Guiomar. Este tabela com Mário (tinha vindo ocupar o flanco esquerdo em troca com Alex) que na face lateral da área simula o cruzamento de esquerda para depois sacar uma cruza tensa com o direito. Faltou apenas a conclusão…

Estávamos com 3/4 do primeiro tempo concluído e ainda não contabilizávamos qualquer remate à baliza. Por esta altura, e além de estarmos a lidar mal com o 4–4–2 do adversário, também já se percebia a clara dificuldade na nossa decisão de os pressionar alto (ou não) nos pontapés de baliza.

Por volta dos 36’ erro de Nuno, que falha uma intercepção, e a dupla de avançados do União faz o inevitável. O primeiro isola-se e remata, mas Campa opõe-se mais uma vez de forma brilhante, sendo depois o segundo avançado a efectuar o golo numa recarga já dentro da pequena área.

No entanto, a nossa resposta não poderia ter surgido em melhor altura, pois o TFC decidiu realizar finalmente uma jogada, talvez a melhor do encontro.

Barros decide colocar a bola no chão, e atrasa para Honrado, este lateraliza para Hans, que serve em apoio Barros. Barros toca para Mário, este devolve em Barros que lança de trivela Hans na linha. Hans temporiza a chegada na área de Barros, e o nosso Redondo desvia de esquerda para ultrapassar o marcador directo, e finaliza de direita já com pouco ângulo entre as pernas do Keeper do União. Era o delírio!

Antes do apito para o intervalo, tempo ainda para assistir a um grande corte (em esforço) de Maxi! Era o último homem e caso não tivesse tocado na bola, seria muito provavelmente o 2–1 para o rival.

36’???? 1–0;

39’⚽ 1–1, Barros (Hans);

HT 1–1

41’???? Paz, Anjo e Rafa (Alex, Nuno e Afonso);

57’⚽ 1–2, Honrado (Hans);

58’???? Simão (Mário);

FT 1–2

No início da 2 parte, era o preparador físico, Tiago Dias, a reunir a equipa no relvado, e a solicitar “coração” para conquistarmos a vitória.

Foram três as trocas, com Paz, Rafa e Anjo a substituírem Alex, Nuno e Afonso.

Rafa assumiu a ponta, Paz na esquerda e Guiomar baixou para o miolo. Anjo alinhava ao lado esquerdo de Honrado, como central.

Fruto das alterações, mas também da mudança de atitude, a segunda parte foi one sided até ao golo da vitória.

Aos 43’ Anjo deslocado na esquerda serve Barros que lança Maxi, com o último a ser claramente derrubado na grande área. O árbitro achou que não e sinalizou canto!

Na sequência, Hans a ver o seu cabeceamento bloqueado e Anjo a concluir a sobra por cima.

Logo de seguida Mário assiste Guiomar para a sua longa distância, sai por cima.

Aos 50’ livre lateral de Barros, com Guiomar a “roubar” o golo ao Hans.

A pressão do Técnico era constante e dois minutos volvidos, após grande recuperação de Guiomar, Paz cabeceia sozinho por cima . Mais uma bela oportunidade.

Mas logo depois Paz, com um tackle a meio campo, ganha uma dividida originando uma boa jogada de ataque com Hans a ganhar a linha e a cruzar para Rafa desviar subtilmente com defesa atenta do guarda redes.

Aos 57’ mais um livre lateral de Barros, onde Hans, aproveitando um mau corte contrário, devolve em cabeceamento para o interior da pequena área, para Honrado, também ele de cabeça, finalizar superiormente para aquele que seria o golo da vitória!

A comissão técnica não dormia no pedaço, e logo após o golo enviava Simão lá para dentro. Alteração tática, o 4–3–3 a passar para um 4–4–2 com miolo em losango. Guiomar no the hole e a dupla Paz-Simão na frente. Rafa e Reis eram os interiores.

Pouco depois, uma óptima e nova recuperação de Reis origina novo grande passe de Barros a isolar o Paz. Este, isolado, sozinho, sem ninguém, permite a chegada de um adversário e não consegue finalizar da forma que nos habitou.

A partir daqui, os últimos 15’ minutos foram de algum relaxamento, com o União dos Santos a conseguir voltar ao estilo de jogo que tanto nos fez sofrer na primeira metade.

Bola lançada nas nossas costas para a velocidade alheia, mas apenas valeu uma finalização por cima. De seguida, lance semelhante, com o #6 a ganhar na profundidade, a tirar vários da frente já dentro da área, e a ficar muito perto do empate com novo remate por cima.

Até final poderíamos e deveríamos ter controlado melhor o jogo, nomeadamente sendo capazes de reter a posse durante mais tempo no nosso meio campo ofensivo. Mesmo assim, tendo em conta principalmente o domínio registado nos 20 minutos iniciais da segunda parte, diria que o Técnico foi um justo vencedor.

#sempretecnico