TFC 2-0 Lisboenses
“Silva ganha peso”
Com nem seis dias volvidos desde a conquista da Supertaça Nacional, ditaria o sacrossanto calendário, o regresso de Técnico Futebol Clube às vicissitudes do Regional de Lisboa.
O reencontro com os Lisboenses (recorda-se que começa agora a segunda volta do Regional) avizinhava-se algo complicado, pois na memória de muitos, ainda perdurava aquele doloroso empate a quatro com que se arrancou esta edição 23/24 do Regional da Estremadura. Também ele após a conquista de uma Supertaça, a Regional frente ao Kabuscorp.
E como a vida é como um belo invólucro recheado de inevitabilidades…
Rola a bola no 1º de Maio!
Início seria marcado pela forma competente como o Técnico procurava assumir o jogo através de um posse rápida e trocas de bola assertivas.
Aos 10 minutos, primeira chance de golo através de um canto de Anjo (o segundo). Na ressaca, Honrado Airlines vence o duelo aéreo para Hans meter de raquete e forçar uma defesa a dois tempos do guarda-redes lisboense.
Logo após, livre lateral de Barros para nova finalização de Hans e nova defesa atenta muito perto da linha de baliza.
Gui, embalado pelo fantástico golo em Alpiarça, repete a dose (de zona longínqua) mas sai à figura, deixando assim espaço para a dúvida partilhada por muitos após o supracitado golo. “Terá sido apenas sorte?”
Pouco depois, Pinto intercepta uma saída de bola do nosso adversário, serve Gui, mas este falha redondamente o remate. Sim, terá sido só sorte.
Aos 27′, novo canto. Desta vez, o primeiro na direita, com Barros a bater. Nova sobra para fora da área com Pinto a encher de direita para um bloqueio audaz. Na sobra, Tomás mete forte mas à figura.
Cheirava a golo!
Seguir-se-ia um bom desenvolvimento global do TFC, com Coelho a cruzar para a peitaça de Gui, Silva recolhe e devolve a Gui que na meia lua opta pelo remate de “cobertura” a sair perto do poste direito.
Logo após, viria o tento inaugural da partida. Silva, de canhota e de fora da área, em volley, a finalizar uma iniciativa de ZéDu pela direita. Um excelente momento de Picolé, que há muito procurava um golo proveniente desta zona do terreno. E que golo. Do melhor que a 1º de Maio Thunderdome já vira.
“E vai rezar a Meca!”
Antes do intervalo, excelente combinação entre Barros, Coelho, Silva e Tomás com uma conversão de trivela a beijar a barra.
“Trivelada Ribeiralves”
A segunda metade arrancaria sem alterações, mas com os Lisboenses a tentarem reagir. O jogo entraria nesta fase numa contenda mais dividida, sem no entanto, se verificarem oportunidades para nenhum dos lados.
César, atento, promoveria duas substituições, com Pedro e Ventura a renderem Anjo e Tomás. Hans subiria no terreno, e Ventura assumiria a médio direito.
O TFC voltaria a estar por cima. Ou “on top”, como queiram.
Sucediam-se se os ataques. No entanto, a definição deixaria sempre a desejar. Destaque para um contra, com Guiomar a lançar Silva mas este, a perder no físico já dentro da grande área. O que pode parecer um contrassenso já que aparentemente, neste departamento Silve se encontra em ganho.
Surgiria uma combinação Silva-Pinto-Gui-Ventura a quebrar a monotonia. Bojarda na direção do guarda-redes.
Nada mais.
Aos 67’, recuperação de Silva que serve Barros na direita. Cruzamento atrasado para Gui, que vê o seu remate bloqueado. A bola vai ter com Silva, que fruto da sua excelente visão periférica, insiste em Barros novamente. Este de primeira, em arco, mete no ângulo superior esquerdo. Outro golo de levantar o estádio. Fino recorte técnico a desenhar o perfil deste tento. Belíssimo.
Estava feita a pomba!
César aproveitaria a vantagem de dois golos para promover duas trocas directas: Craveiro e Maxi em detrimento de Gui e Coelho.
Precisamente na primeira vez que Maxi toca na bola, interceptando uma saída dos Lisboenses, está segue para Craveiro desviar de um defensor e, perante a saída do GR, toca para Ventura que não converte. Na sobra, Barros chegaria a tempo de ser derrubado na área. Grande penalidade.
Barros, sensível aos visíveis problemas de finalização que o nosso Pichichi 21/22 atravessa, oferecer-lhe-ia, de forma altruísta a oportunidade de marcar o seu primeiro golo esta época.
Mas, infelizmente, Pinto permitiria a defesa ao Keeper Lisboense.
#semaboinanaovamosla
Mais à frente, lance diabólico de Ventura pela direita. A penetrar na área, e já dentro da “6 yard box”, retiraria um defensor e o GR do seu caminho, para uma finalização que seria bloqueada em cima da linha de golo.
Aos 74 minutos, Mário e Viegas permitiriam alguns minutos de descanso a Pinto e ZéDu.
O jogo entraria na sua recta final, mas não sem antes assistirmos a algo muito estranho nas lides do Inatel.
Dani, e posteriormente Matoso, a receberem ordem de expulsão após protestos. Alegadamente.
Algo para putativamente rever, mas nunca repetir.