TFC 3-0 Vale Milhaços
Vira milho…
Parece mentira, mas a primeira e única derrota da época, naquela noite fria no Monte Abraão, já tem quase um mês. Como as saudades já apertavam, foi uma enorme alegria que se pôde voltar a contemplar os nossos atletas no último sábado.
Finda a fase inicial da Liga Inatel da região de Lisboa e Setúbal (a outrora província da Estremadura), houve lugar a um interregno, uma espécie de pausa de inverno que serviu de antecâmara para a primeira jornada da fase final de apuramento do campeão da região referida.
César, ciente do momento, decidiu apostar na colocação de Miguel Pinto no miolo, acompanhado por Zédu e Barros. Abrindo assim um espaço para Rafa assumir o flanco direito. Na frente, reencontrávamos mais uma vez as nossas Torres Gémeas, Simão e Guiomar.
Lá atrás, Dirkjan liderava o quarteto defensivo composto por Reis (à direita), Paixão, Honrado e Viegas.
A partida arrancou em modo de estudo mútuo, com o Técnico a tentar assumir a posse. No entanto, foi preciso esperar pela fase intermédia da primeira parte para observarmos algum sinal de perigo. Pinto a rematar de fora da área ensaiava, e Barros, a cerca de 40 metros, a disparar com estrondo no poste. Que golo que seria!
Aos 29’, a verdadeira chance dos visitantes, com Viegas, atento, a fabricar o corte que mantinha as contas a zero.
Já muito perto do intervalo, Rafa ganha uma bola a meio campo e serve Simão. A progressão fez-se da esquerda para o meio, em slalom, ultrapassando oponente atrás de oponente, e acabando com uma finalização exímia à entrada da área no canto contrário. Um golo que merece ser visto e revisto! Um sonho!
Surpreendentemente, não existiram alterações após o intervalo. Algo que César nunca tinha feito anteriormente. Mas, verdade seja dita, também não eram necessárias. Os rapazes estavam bem.
Aos 42º minuto, na sequência de um canto de Barros, Honrado falha por pouco o desvio ao segundo pau. Esta seria a melhor chance de golo durante os primeiros 15’ da segunda parte, pois o jogo entraria numa fase incaracterística, com algumas faltas e muitas paragens.
O chamado rramrram…
César percebeu que seria essa a altura de mudar, e lançaria Maxi, que apenas um minuto depois, após passe bem merengado de Simão, penetra na área e falha, de forma perdulária, a conclusão do lance que providenciaria o já merecido 2-0.
Pouco depois é Barros a solicitar a desmarcação de Pinto, mas novamente a não ser feliz na finalização.
Minutos volvidos, e Rafa isola-se perante o guardião contrário, sendo posteriormente derrubado pelo próprio na cabeça da área. O árbitro, mal, exibe apenas o cartão amarelo. Um clamoroso erro da equipa de arbitragem, “há que dizê-lo com toda a frontalidade”.
Do livre nada surge.
Aos 72’, surgiria finalmente o 2-0, com Barros a converter da marca da grande penalidade, após mais uma incursão e posterior derrube a Rafa. Estava imparável, o nosso Quagmire de Vilar dos Prazeres.
A fechar a contenda, e já com Coelho e Faria em campo, seriam os dois a combinar, com o primeiro a converter ao segundo poste, após um belo cruzamento do flanco esquerdo do segundo.
Exibição competente e madura do Técnico Futebol Clube, talvez a mais esclarecida da história desta equipa, a carimbar a estreia nesta fase com a preciosa conquista dos três pontos.
#SempreTécnico